sexta-feira, 19 de março de 2010

Uma opinião

Mulher, um corpo intencional! Da atitude ao comportamento intencional…

Todas as equipas desejam jogar bem, pois sabem que ao jogar bem a vitória será mais facilmente alcançada.
O que é jogar bem? “Jogar bem consiste em realizar bem todos os movimentos” (Cruyff).
Mas que movimentos? Todos, inclusive, movimentos como jogar de calcanhar ou de trivela.

Então chegamos a outro patamar, o controlo do corpo. Sim, porque para realizar bem todos os movimentos devo ser capaz de controlar os graus de liberdade do meu corpo.
Mas este corpo e os movimentos que o jogador é capaz de realizar, só ganham significado se forem acções intencionais.
No entanto, o que ouvimos com regularidade por esses campos e balneários fora? “A equipa não teve atitude”, “é preciso garra”, “mais espírito de sacrifício”, ou seja, olha-se para o lado visível dos gestos, dos comportamentos, mas o jogo é muito mais do que isto.
O jogo é muito mais do que um movimento em si, desprovido de significado, o jogador decide ter determinado comportamento em função de alguma coisa, do contexto, dos colegas, das circunstâncias. E melhor será o jogador que melhor se adaptar às contingências do jogo.

Então para se jogar bem o jogador/equipa devem ter em conta determinados princípios que orientam as suas decisões no campo. Mas isto treina-se, isto é, “adquirir competências para que a intencionalidade seja adequada às necessidades circunstanciais que o jogo coloca é o objectivo do treino.” (Marisa Gomes)

Em busca de um Futebol (Feminino) de Qualidade!
Isabel Osório

quarta-feira, 3 de março de 2010

Não deixem que vos ponham as palas nos olhos



Que dirigentes e treinadores sejam eternos chorões e reclamem sempre das arbitragens é possível compreender. Mas, que a imprensa amplifique estas manhas é inaceitável.

Isto é estratégico, é certo. Mas a insistência permanente e enjoativa nestes assuntos estraga a vossa imagem, desgasta-a. Queixem-se do relvado como alguns fazem. Sejam criativos quando querem tirar as atenções dos vossos problemas.
Eu cá tenho a opinião que quem afunda o seu discurso nestas questões é porque sabe pouca mais para poder falar. Falemos de futebol.

terça-feira, 2 de março de 2010

Uma opinião

"Zanetti tem o hábito de ir ao ginásio uma vez por mês. Faz «leg press» com pesos abismais. Se não fizer isso, se houver alguém que lhe retire isso é claro que deixa de se sentir bem."
André Villas Boas

"Na Académica, sentimos a necessidade de arranjar um trabalho complementar para que os jogadores no fim do treino não se enfiem no ginásio"
André Villas Boas

A preocupação deixa de ser a Organização do jogar? Não, antes pelo contrário. Este tipo de preocupações ainda fortalece e protege o nosso trabalho. Porque certamente que vamos evitar ter um Zanetti desconfiado com o nosso trabalho, por exemplo.
Há desvios que seguramente se têm de fazer. O caminho não é feito de linhas rectas nem de percursos lineares, mas continua a ser o mesmo caminho com o mesmo sentido.
No caso concreto, há culturas a respeitar, há a confiança dos jogadores a conquistar quando pretendemos quebrar paradigmas. E disso não nos podemos esquecer.
O Processo é aquilo que se faz com regularidade: é o desenvolvimento de um jogar Específico assente numa Progressão Complexa orientada por uma Alternância Horizontal relativa entre cada jogo.

Rui Sá Lemos